O
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná vem a público estarrecido com
a atitude de Nello Morlotti que atacou a liberdade de imprensa de forma
arbitrária, com acusações autoritárias e cerceando a profissional Andressa
Urbick, da TVCI (de programação própria, localizada em Paranaguá e que
retransmite a programação do Esporte Interativo). Segundo o atual presidente da
entidade, Márcio Rodrigues, há indícios de censura no fato (veja o vídeo aqui)
ocorrido na sede do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na cidade de
Paranaguá. “A forma antidemocrática como a repórter foi recebida deixou
transparecer que os membros do diretório não estavam falando por si mesmos”,
afirmou Rodrigues.
Outra
questão que causa estranheza é a presença de Nello Morlotti, contratado por uma
rádio e também membro de outro partido (PMDB), estar no diretório do PSDB naquele
momento. “Ele agiu como se fosse advogado de Alceu Maron Filho. Além disso, cerceou
a função da jornalista da TVCI de exercer a sua função, principalmente porque
parte do grupo político, que integra o diretório, está sendo denunciado pelo
Ministério Público do Paraná. Assim, a profissional tinha o direito e o dever
de ir até lá (diretório é um local público) e fazer os questionamentos”,
completou o presidente do Sindijor-PR.
Ainda
sobre a questão da difamação e calúnia proferidas a jornalista da TVCI,
Guilherme Carvalho (foto), futuro presidente do Sindijor-PR, explica que “é lamentável
que isso aconteça ainda na imprensa paranaense”, reforçando: “percebemos acusações
sem provas, no momento em que ela estava procurando fazer uma entrevista sobre
assuntos que vieram a público sobre irregularidades no Porto de Paranaguá, em
que membros do diretório estão envolvidos. O que foi feito por parte de Nello Morlotti
foi acusar a profissional, de forma leviana, e de estar a serviço de outro
partido”, completou Carvalho.
O
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná considera a questão de
impedir a profissional de questionar os membros do partido algo lamentável e
que envolve toda a categoria, pois a profissional estava desenvolvendo seu
trabalho e foi impedida, principalmente ao levantar assuntos de serviço público,
de forma autoritária. O que está nas imagens não é jornalismo, esta pratica não
pode ocorrer em nenhum lugar do nosso estado, do Brasil ou do mundo.
O
Sindijor-PR se solidariza com Andressa Urbick e com os jornalistas que têm
enfrentado a sanha de pessoas que tentam impedir o trabalho jornalístico. O
Sindicato ainda lembra aos donos da TVCI que é obrigação da empresa defender, na
Justiça, a sua profissional, conforme estabelece a Convenção Coletiva dos Jornalistas,
em sua cláusula 32.ª
Foto: Regis Luís Cardoso
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